sábado, 2 de março de 2013

Postagem 6 - Análise livro didático


GRUPO I: Cláudia Viana, Jéssica Vasconcellos, Ana Letícia, Priscilla Soares,  Sanla Costa  e Vanessa Correa




ANÁLISE DE LIVRO DIDÁTICO
Livro escolhido: Projeto Prosa/ Língua Portuguesa
Ano de escolaridade: 2º ano
Autoras: Angélica Prado e Cristina Hulle


        Analisando o sumário é possível verificar o compromisso das autoras em trabalharem gêneros textuais enfocando os quatro eixos da língua materna. O sumário está dividido em oito unidades  e dentro destas unidades  há um divisão de seções , que trabalham de forma focada cada eixo da língua materna. A estrutura deste sumário é muito boa e atende aos objetivos para o trabalho de Língua Portuguesa no 2º ano de escolaridade. Contextualizando a avaliação deste livro didático com o texto de Débora Amorim que aborda as propostas didáticas para as séries iniciais do ensino fundamental sob o ponto de vista de outros autores é possível verificar que a estrutura pedagógica foi bem pesquisada e elaborada, levando em consideração as concepções de linguagem dentro da perspectiva sócio-interacionista (TRAVAGLIA). Ressaltamos que o livro abordando diferentes gêneros textuais confirma o que MARCUSCHI diz sobre as semelhanças entre as modalidades discursivas e é o que   vemos na primeira unidade do livro onde  se trabalha o gênero bilhete e depois se estabelece uma análise entre o que é bilhete e carta. A partir desta primeira unidade seguem os gêneros textuais das unidades seguintes classificados, fábulas, histórias em quadrinhos, poemas, lendas , receitas culinárias a apresentação de todos estes gêneros acontece através de textos variados e confrontados com entrevistas, notícias de jornais e produções de outras crianças. Embora o conteúdo seja adequado, variado, organizado de acordo com os eixos encontrados no PCN de Língua Portuguesa é pobre em ilustração. As unidades poderiam apresentar mais graciosidade na apresentação dos gêneros , creio que a ilustração do livro esteja aquém da proposta pedagógica trabalhada e isso pode significar em algumas situações um desinteresse da criança, que no 2º ano de escolaridade é muito visual e precisa de pontos atrativos para terem sua atenção despertada. Os exercícios propostos também não possuem uma diversidade necessária para que o aluno possa esgotar o entendimento do conteúdo proposto. Apesar destas considerações, saliento que nada impede que o professor possa preencher as lacunas que faltam , o que de fato é muito importante, pois dará ao mesmo a segurança e a percepção necessária para o trabalho proposto. Abaixo segue uma avaliação das seções do livro e os eixos da Língua materna.
 A LINGUAGEM ORAL é evidenciada dentro das seções imagem e contexto, conversa vai, conversa vem... e convivência. Nelas a prática da oralidade tem como objetivo estimular o aluno a trabalhar em grupo, respeitando diferentes pontos de vista e normas de convivência. Nesta troca de ponto de vista, são contemplados relatos de experiências particulares,  análises de textos que explorem sócio-históricos e culturais , com o objetivo de promover valores. Na seção convivência, depois do trabalho realizado em toda unidade vemos a discussão do assunto abordada pelos colegas e mediada pelo professor.
A PRÁTICA DE LEITURA é oferecida ao aluno na diversidade de textos que contemplam vários gêneros textuais. Esta diversidade textual é uma estratégia eficiente para prática da leitura e o livro trabalha a leitura individual, silenciosa e oral. O livro estimula o papel do mediador, dando sugestões de questionamentos e intervenções.
A PRÁTICA DE PRODUÇÃO TEXTUAL está bem caracterizada nas seções GENTE QUE FAZ e RAIO X DA ESCRITA , ambas estimulam a competência escritora trabalhando as etapas  deste eixo. Planejamento, textualização e revisão. Na seção GENTE QUE FAZ o aluno produz textos escritos, tendo em vista a pluralidade e a estrutura de gêneros textuais do cotidiano, textos jornalísticos ,literários e outros.
A PRÁTICA DE ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE O USO DA LÍNGUA é constante , nas seções PALAVRA PUXA PALAVRA  e SOPA DE LETRINHAS e  refletem o uso da língua nas diversas atividades propostas , segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, os estudos gramaticais são conduzidos de formar a levar o aluno a construir um sentido, partindo sempre do texto trabalhado  e garantindo a progressiva  aquisição de recursos que ampliam sua competência leitora e escritora. Sendo incentivado constantemente a refletir e dominar o sistema de escrita , a observar as regras ortográficas e de paragrafação, a pontuação , o discurso , a regência , a concordância e outros aspectos metalinguísticos.


OBJETIVOS GERAIS DE LÍNGUA PORTUGUESA (Segundo os PCNS)
·         Ser leitor, compartilhando diferentes práticas culturais, orais e escrita.
·         Adequar seus discursos a diferentes situações de comunicação
·         Produzir diferentes textos, de acordo com gêneros  adequados as situações.
·         Ler diferentes textos , adequando a diferentes propósitos.




                                                     PLANO DE AULA I
TEMA: Samba  Acadêmicos do Grande Rio-  Amo o Rio e vou à luta: Ouro negro sem disputa... Contra injustiça em defesa do Rio
JUSTIFICATIVA: Mostrar o Samba, hoje tido como a maior expressão da música popular brasileira, possuindo uma letra e um poder que revelam marcas de nossa realidade.
OBJETIVO:
-Apreciação musical;
-Ampliação do vocabulário;
-Perceber a estrutura e elementos que compõem a música.
SEQUENCIA DIDÁTICA:
-Escrever no quadro a letra do samba
-Levar um rádio e deixá-los ouvir a música
-Propor que as crianças ouçam a letra da música em forma de poema e observem as palavras que já conhecem e as que não conhecem pensar no significado;
Discutir com as crianças sobre as características do texto: seus elementos;
A compreensão da letra é fácil ou não?
A letra é longa ou curta?
Expressa algum sentimento, ou conta alguma história?
Seu ritmo é lento ou acelerado?
Que instrumentos são usados em sua composição?
Qual é o seu refrão?
O seu tema traz alguma mensagem?
-Pedir às crianças que registrem todas as observações que foram comentadas.
-Uso de trechos da musica para pensar em sua significação: o que é o ouro negro?
De onde ele vem? Quais os efeitos dele na nossa cidade? Para que ele serve?
Avaliação: As respostas que as crianças fazem, a participação e interesse pelo assunto, demonstração das competências de reflexão e interpretação do que foi exposto na conversa e no registro.

PLANO DE AULA II
TEMA: Samba Acadêmicos do Grande Rio- Amo o Rio e vou à luta: Ouro negro sem disputa... Contra injustiça em defesa do Rio
JUSTIFICATIVA: Essa atividade faz parte do eixo análise e reflexão sobre a Língua. Esse tipo de atividade irá ampliar as competências leitora e escrita dos alunos.
OBJETIVO:
*Ler as palavras e identificar as letras que aparecem depois do M e N em final de sílaba.
*Reconhecer que a letra M aparece antes de P ou B e aplicar esse conhecimento à escrita.
*Completar palavras aplicando as descobertas a respeito do uso da letra M ou N.
*Perceber palavras com grafias erradas e corrigi-las
SEQUENCIA DIDÁTICA:
 Atividades na folhinha – Sopa de Letrinhas
Ouvir e cantar o samba enredo da Grande Rio

AVALIAÇÃO:
ANEXO das atividades
1)      Leia as palavras do quadro abaixo
Profundo – fundo – alimentar – reciclando
Mundo – vender  – lindo – segurança

·         Circule  as letras que vem logo depois de cada N. Observe as letras que aparecem depois dele.
2)      Observe essas palavras
Impulsionar – samba – tempo
Completo – também – campeã
a) Pinte a letra que aparece logo depois de cada M.
b) Quais foram as letras que você pintou?
3)      Complete as palavras com M ou N:
Ba___deira           fu___do          ma___cha
i___justiça                        e___feite         co___tra
ca___peã              ca___tar          li___par
alime___to                       sa___ba           le___bra___ça
te___peratura                   e___redo
*Que letra você usou antes do P e do B?
___________________________________________________

4)      Complete as palavras com as sílabas do quadro:
Lem – men – ran – clan
reci____do                 _____brança
____sagem                 segu_____ça
5)      Ao copiar um trecho do samba enredo dos Acadêmicos do Grande Rio, alguém errou a escrita de duas palavras. Descubram quais são elas e circulem-nas
Hoje vou mergulhar profundo
Tem lá no fumdo do mar
Ouro pra alimentar o mundo
Que faz crescer, inpulsionar
a)      Por que essas palavras estão erradas ?
________________________________________________________________
b)      Como você pode evitar o erro na escrita dessas palavras?
________________________________________________________________

6)      Escreva corretamente as palavras que você circulou na atividade anterior.
________________________________________________________________

PLANO DE AULA III
Analise e reflexão da língua
Palavra puxa palavra
“De forma leve e agradável você constrói seu conhecimento dos usos da língua e reflete sobre a gramatica.”

Serão trabalhados textos em forma de:
- Bilhetes – Alfabeto, vogais e consoantes
- Classificados – Ordem alfabética, letras iniciais e finais
- Fabula – Ponto de interrogação, ponto de exclamação e ponto final
- Historia em quadrinho – Ponto de exclamação e ponto de interrogação
- Poema – Substantivos próprios e comuns
- Lenda – Sinônimos e antônimos
- Textos instrucionais – Singular e plural
- Carta – Adjetivos

Objetivo:
Com o tema Carnaval será trabalhado não só o samba da Escola Grande Rio, mas também os nomes das fantasias, dos carros alegóricos, das alegorias em si e a historia que envolve o samba todo. Assim todos os tipos de textos citados acima poderão ser trabalhados.
Exemplo:
No dia em que será trabalhado o Poema pode-se usar a letra do samba, onde a criança identificará substantivos próprios e comuns.
Um substantivo que nomeia um ser específico, lhe dando nome próprio e o diferenciando dos demais seres de sua espécie, é um substantivo próprio, este tipo de substantivo sempre é começado com letra maiúscula. Substantivos que não sejam próprios são classificados como substantivos comuns.

“Vem! vem! comigo cantar
Hoje vou mergulhar profundo
Tem lá no fundo do mar
Ouro pra alimentar o mundo
Que faz crescer, impulsionar
O conhecer, multiplicar
Tão lindo pela própria natureza
Meu Rio vai gerar tanta riqueza
Mas tem que ser assim
Bom pra você, bom pra mim...”

mar, mundo, natureza e riqueza – Substantivos comuns
Rio – Substantivo próprio

PLANO DE AULA IV
Conversa vai, conversa vem...        
Linguagem oral: usos e formas
Vamos refletir sobre o uso da língua falada em diferentes situações comunicativas, aprendendo a ouvir e a se expressar de forma adequada.

Trabalhados textos
·         E o Samba da grande rio.
·         Cartas que serão reescritas.
·         Poemas que serão reescritos.
·         Email, que serão escritos de diversas formas.

Todos os textos serão reescritos, sejam eles para o módulo formal da língua ou para o módulo coloquial da mesma.

Objetivo: Fazer com que as crianças entendam na prática as variadas formas de se comunicar e de se expressar em diferentes situações.

Exemplo:
As crianças serão incumbidas de escrever um recado para o amiginho na linguagem coloquial e da forma culta da língua.

Avaliação:
O interesse, a participação das crianças, o desenvolvimento das atividades realizadas, seu entendimento ao todo, na leitura, escrita e interpretação.
PLANO DE AULA V

TEMA:
Amo o Rio e vou à luta: Ouro negro sem disputa... Contra injustiça em defesa do Rio (Samba enredo 2013 da Escola de Samba Grande Rio)

JUSTIFICATIVA:
Dentro da metodologia do Projeto Prosa, “Gente que faz” visa a produção de textos escritos, tendo em vista a pluralidade e a estrutura dos gêneros textuais, pertencentes à diferentes esferas discursivas: do cotidiano, jornalística, literária, entre outras. Faz-se necessário que o aluno desenvolva uma postura de aprimoramento nas diversas versões de escrita e reescrita.

OBJETIVO:
1.     Identificar as rimas
2.     Reconhecer os elementos que compõem a letra da música e utilizá-los na escrita para criar uma nova estrofe da música
3.     Manter a coerência com o texto apresentado
4.     Utilizar os recursos lingüísticos adequados à escrita e ao gênero textual

SEQUENCIA DIDÁTICA:
1.      Solicitar aos alunos exemplos de rimas que eles conheçam de música, parlendas e poesias. Após as manifestações,
2.      Pedir para que ouçam e, ao mesmo tempo, leiam com atenção a letra do samba da Escola de Samba Grande Rio.
3.      Solicitar que falem e marquem as palavras que formam as rimas no texto.
4.      Formar pequenos grupos de no máximo quatro componentes para que elaborem outras rimas formando mais uma estrofe da mesma música, mas que façam sentido, sendo coerentes com o tema.
5.      Dar um tempo para execução e iniciar a apresentação de cada subgrupo.

Amo o Rio e vou à luta: Ouro negro sem disputa... Contra injustiça em defesa do Rio

Vem! vem! comigo cantar
Hoje vou mergulhar profundo
Tem lá no fundo do mar
Ouro pra alimentar o mundo
Que faz crescer, impulsionar
O conhecer, multiplicar
Tão lindo pela própria natureza
Meu Rio vai gerar tanta riqueza
Mas tem que ser assim
Bom pra você, bom pra mim

Uma eterna paixão eu e você
Minha escola é meu bem querer
Felicidade em alto astral
É o ouro negro nosso Carnaval

Vou jogar a rede e puxar
Vem me dar um beijo, amor
Na praça ouvir o sino tocar
Preservar é dar valor
Eu quero um lugar pra viver
Segurança e saúde
Pra dar e vender
E, assim, reciclando eu vou
Ver a vida renascer

É, a mensagem taí
Explorar não é destruir
Se faltar vira o caos
Eu não posso deixar
Pelo Rio eu vou lutar

Um grande Rio de amor sou eu
Vem cá me dá o que é meu é meu'



AVALIAÇÃO:

A conclusão da última proposta busca:
1.      exercitar o trabalho em grupo,
2.      o reconhecimento dos elementos da língua e o gênero textual na música (estrofes, maiúsculas e minúsculas, substantivos próprios e comuns, femininos e masculinos)
3.      exercitar a capacidade de articular conhecimentos prévios com os novos conhecimentos adquiridos em caráter grupal.


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

PNC - Língua Portuguesa


Esse trabalho foi feito no facebook, ministrado pelo Drº professor Ivanildo Amaro.

Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa / Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: 114p.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro02.pdf

Alguns ponto e reflexões de colegas de classe da turma 1 de TAELP II:


Seguindo a questão abordada por Joana Almeida cabe ressaltar um tema levantado na pagina 36 que é a seguinte: Os temas transversais (Ética, Pluralidade Cultural, Meio Ambiente, Saúde e Orientação Sexual), por tratarem de questões sociais, pertencem à dimensão do espaço público e, portanto, necessitam de participação efetiva e responsável dos cidadãos na sua gestão, manutenção e transformação.
A área de Língua Portuguesa oferece inúmeras possibilidades de trabalho com os temas transversais. Os temas transversais atuam como eixo unificador, em torno do qual organizam-se as disciplinas, devendo ser trabalhados de modo coordenado e não como um assunto descontextualizado nas aulas.
Sendo assim, É importante que esses critérios sejam utilizados de maneira articulada, de tal forma que, em cada escola, se possa organizar uma seqüência de conteúdos que favoreça a aprendizagem da melhor maneira possível. Portanto, este documento indica critérios, mas a seqüenciação dos conteúdos de ensino dentro de cada ciclo é responsabilidade da escola. O que importa é que os alunos possam construir significados e conferir sentido àquilo que aprendem.

Maria Océlia Mota Os temas transversais são fundamentais pois através deles podem ser trabalhadas várias questões de classe, credo, gênero, ética etc..com o objetivo de levar os alunos a conhecer e desenvolver uma análise crítica deses temas, e a Língua Portuguesa é uma área rica que favorece esse tipo de trabalho.


Encontramos nas pág. 25 e 26 , no tópico "Diversidade de textos" o papel que a escola deve exercer no tocante às mudanças e exigências sociais da leitura e escrita.

Sendo os usos da linguagem determinados historicamente, é notório que no presente momento social tem-se exigido um nível maior de leitura e escrita com relação a algum tempo atrás. Para tanto os PCNs apontam a importância de a escola revisar suas práticas de ensino que tratam os textos como um conjunto de regras que devem ser aprendidos, assim como, renovar suas práticas a fim de desenvolver habilidades competentes de leitura e escrita, além de possibilitar o acesso do sujeito aos diversos textos que circulam socialmente, ensiná-lo a interpretar e produzir.

Outro ponto que encontramos neste tópico e muito relevante, dirige-se a questão da dificuldade, ou melhor, do hábito que se tem (referindo-se, neste caso, a área de língua portuguesa), de se utilizar apenas textos relacionados com a disciplina. Importa que sejam usados também textos de outras áreas, para que o aluno seja capaz de argumentar a respeito de diferentes conceitos, mostrar seus pontos de vista, confrontar idéias e por fim de desenvolver a escrita de forma autônoma.

Marina Briata Leiros Na questão de textos fora da disciplina de Língua Portuguesa ,sem uma boa interpretação na hora da leitura seja em qual matéria for, o resultado da codificação dessa leitura pode ficar comprometida. Isso é muito comum de ver na sala de aula. Quantas crianças na hora de resolver um problema matemático não entende o que é pedido e acaba errando o resultado...

Edson Diniz Os PCNs vem apresentando propostas de trabalho que valorizam a participação crítica do aluno diante da sua língua. Neste tópico "DIVERSIDADE DE TEXTOS" a perspectiva de ensino de língua mais produtivo aparece no próprio texto: "Toda educação verdadeiramente comprometida com o exercício da cidadania precisa criar condições para o desenvolvimento da capacidade de uso eficaz da linguagem que satisfaça necessidades pessoais - que podem estar relacionadas às ações efetivas do cotidiano, à transmissão e busca de informação, ao exercício da reflexão."(pág.25)


Nas escolas deveriam trabalhar textos com interdisciplinaridades, acredito que a ainda hoje as escolas consideram seus alunos menos favorecidos incapazes de lidar com leituras mais complexas, isso contrapõem uma das propostas do PCN que é trabalhar diferentes abordagens de modo que o aluno aprenda a linguagem escrita, através de Matérias como História, Ciências e Matemática. Isso ajudaria muito na construção do conhecimento dos alunos. Se hoje as escolas começassem de fato a elaborar o conhecimento dos seus alunos utilizando a interdisciplinaridade, não apenas mandando-os lerem os textos, mas aprofundassem neles, questionando eles e também eles serem os construtores com certeza entenderiam melhor os conceitos propostos pelos demais professores, pois o conhecimento deles não seria limitado apenas em uma matéria e sim perceberia que o português não se limitaria apenas em textos literários e poesias e sim em diferentes matérias, até mesmo no conhecimento de mundo dos alunos avançariam e conseguiriam lidar com diferentes situações no cotidiano deles. Como este descrito no PCN “Essa capacidade, que permite o acesso à informação escrita com autonomia, é condição para o bom aprendizado, pois dela depende a possibilidade de aprender os diferentes conteúdos”( Pg 26).
Stefany Matos Concordo com essa ideia, a interdisciplinaridade deveria estar mais presente no cotidiano escolar possibilitando uma aprendizagem mais significativa das diversas áreas de conhecimento. Vemos que os PCNs apresenta a ideia da interdisciplinaridade, como ja dito antes, porem vemos que no dia dia escolar ainda e pouco utilizada essa pratica. Um projeto, uma oficina ou a própria aula pode possibilitar o aluno a visão do português, seja na leitura ou na interpretação de diversos tipos de textos.

Os PCNs foram elaborados com o objetivo de orientar o professor em relação aos conteúdos que serão abordados no ensino fundamental, contribuindo com a formação do educando, como ser crítico e pensante.

Na pág. 33, é citado o objetivo geral da Língua portuguesa para o ensino fundamental:

“Ao longo dos oito anos do ensino fundamental, espera-se que os alunos adquiram progressivamente uma competência em relação à linguagem que lhes possibilite resolver problemas da vida cotidiana, ter acesso aos bens culturais e alcançar a participação plena no mundo letrado.

* expandir o uso da linguagem em instâncias privadas e utilizá-la com eficácia em instâncias públicas, sabendo assumir a palavra e produzir textos — tanto orais como escritos — coerentes, coesos, adequados a seus destinatários, aos objetivos a que se propõem e aos assuntos tratados;”

O que vemos hoje em dia são adolescentes, com seus 14 ou 15 anos terminando o ensino fundamental sem saber escrever uma redação, carta então, nem se fala. A questão que coloco em debate é: será que os professores estão capacitados o suficiente para seguir a risca os conteúdos propostos pelos PCNs?
Maria Océlia Mota Como o próprio nome aponta - Parâmetros Curriculares Nacionas, eles foram elaborados para servirem de parâmetros, de apoio para os professores e não para serem seguidos à risca, visto que, na educação não existe um modelo, uma receita que dê certo para todas as escolas,então os PCNs vão sendo adaptados pelos professores a cada realidade escolar.

Priscilla Soares Joyce destacou que adolescentes de 14 e 15 anos terminam ensinam fundamental sem saber escrever uma redação... Destaco ainda, jovens de 14 e 15 anos que, mesmo com vários projetos governamentais, como o projeto autonomia, estão ainda no 6º ano ou menos. Ou ainda, mesmo com tanta aprovação automática e burocracia para reprovação, existem jovens que estão atrasados na escola. Meu questionamento é: com todas essas políticas tão abrangentes, não conseguem solucionar essa falha na educação brasileira?

Priscilla Soares Podemos citar também, projetos de reforço escolar, como MAIS ESCOLA, PROSSEGUIR, MAIS EDUCAÇÃO, etc


Quando se fala na pag. 21”As transformações educacionais realmente significativas — que acontecem raramente — têm suas fontes, em primeiro lugar, na mudança das finalidades da educação, isto é, acontecem quando a escola precisa responder a novas exigências da sociedade”. Percebo que as mudanças não acontecem dentro da escola. As mudanças são levadas para dentro da escola para atender interesses corporativos. O problema é que ainda somos manipulados e forçados a trabalhar para atender as demandas de um mercado altamente direcionado para a obtenção do lucro. A meu ver, o necessário seria uma melhor formação de modo que os novos professores pudessem utilizar aberturas (liberdades) proporcionadas pelos PCN de modo que pudessem despertar nos alunos, dentro de suas realidades, novas e reais perspectivas de uma educação que dessem o suporte necessário para a efetivação de mudanças que realmente pudessem dotar os educandos de um pensamento livre e transformador. Fortalecendo o que também os PCN nos mostra na Pag. 22, quando nos diz que, “A linguagem verbal possibilita ao homem representar a realidade física e social e, desde o momento em que é aprendida, conserva um vínculo muito estreito com o pensamento. Possibilita não só a representação e a regulação do pensamento e da ação, próprios e alheios, mas, também, comunicar ideias, pensamentos e intenções de diversas naturezas e, desse modo, influenciar o outro e estabelecer relações interpessoais anteriormente inexistentes...”.
Priscilla Soares Muito interessante o que ressaltou. O mercado está invadindo a escola, logo, o processo ensino-aprendizagem. Isso trará as piores consequência possíveis para educação brasileira. Já estamos presenciando essas consequência. Tem um texto na internet que explica sobre isso “A transformação da educação em mercadoria no Brasil” de Romualdo Portela De Oliveira.
Acredito que podemos fazer a diferença, mesmo que apenas em nossa sala de aula.

O trecho que não poderia deixar de destacar é que “não se formam bons leitores oferecendo materiais de leitura empobrecidos, justamente no momento em que as crianças são iniciadas no mundo da escrita. As pessoas aprendem a gostar de ler quando, de alguma forma, a qualidade de suas vidas melhora com a leitura.”(pág.29)

Minha dúvida foi nas páginas 30 e 31, quando analisa a linguística, sendo classificada em epilinguística e metalinguística. Talvez algum colega ou a Océlia mesmo, pode me explicar melhor esses conceitos.
Lorena Ferreira Quando li essetrecho no texto, logo remeti meus pensamentos a alguns professores que dizem que temos que trabalhar textos que se referem à realidade das crianças. E então, minha dúvida é a seguinte como eu trabalharia textos da vivência da criança em uma comunidade carente? Como se dá esse trabalho?